Bicicleta Amorosa

(foto pessoal - Praia da Areia Preta - Guarapari - ES)

Vivencia a vida, pedalando uma bicicleta, guardando a expressão do mal, passeando por um bosque na primavera.

Vislumbra um jogo de luz, sol brilhando entre árvores, folhas verdes em diversos tons, raios de transparência pousam na sua pele.

Tudo é festa! É festança!

Há vivacidade, ar fresco, frincha aberta, banho de jacto, pão fresco em casa, depois do encontro com amigos pelo sendeiro que energiza, mesmo que só de longe a saudar.

Insídias cotidianas são o nascer do sol, o pôr-do-sol, as marolas beijando a areia do mar as ondas fortes fazendo arabescos nas pedras, o ir e vir cotidiano que a deixam rarefeita e pronta a enfrentar dia após aurora com a colorida bike do amor.

Quando vê as magrelinhas nos parapeitos estacionados, ao longo do calçadão, os donos se esbaldando no banho de mar nas águas translúcidas e brilhantes, percebe a beleza que é desfrutar de lugares ditosos com o coração leve e alma liberta.

Deve estar sempre prestes a pedalar para  atingir o destino, com foco determinação e paixão pelo que se dedica e corpo e de coração.

Precisa esquecer do que já pedalou, num passado muito distante e infausto, acatar, com carinho, no peito do lado esquerdo, todos os airosos momentos que vive, mais recentemente, enveredando pelas oportunidades de afeto lindo que ainda  experencia pela vida. É o que vale muito a pena no ciclismo em busca  chegar junto ao magnânimo sentimento.