Um dia o firmamento estava muito carregado, opressivo, repleto de turvações bem melânicas. Peregrina, risonha, a perscrutar uma brecha, uma nesga de céu azul, foi fantasiando.
Animada, nada reprimida, exulta, vê frestas azuladas, não se contém, deixa para a retaguarda todo cinza e exalta, imediatamente, o deleite toma conta do seu ser.
Um esfumaçado branco insistia em permanecer, mas a exuberância do celeste cenário acabou por predominar e lhe alucinar. Seu coração explodia e irradiava luz.
A natureza tem efeito nas diligências, embora deva-se lutar contra sensações, uma rixa de sol já afasta toda nostalgia, o rosto se torna radiante, o semblante irradia júbilo.
Com um desejo exitoso no peito, estando cerúleo o dia ou não, torna-se relevante, é esfuziante o ímpeto interno de felicidade, energia chega inocente, na mais rara sinergia.