Simpatizava muito com flores de todas as espécies.
Uma amiga a acompanhava nas peregrinações pelo prado, contemplava as montanhas com esmero. O vicejante da restinga, ao longe, a encantava demasiadamente.
Abonava o cesto floral com toda sutileza para não melindrar alguma florzinha mimosa.
Permanecia horas sentada num tamborete feito de tronco de árvore na adjacência do seu preferido jardim formoso.
Na realidade, o cenário era divino, tanto o local paradisíaco, as moças floristas, o prado verdejante, os belos primores do campo e o ar puro que os enlaçava a todos numa beleza descomunal.
O que mais lhe tocava o coração era poder agradecer ao Criador por tantas delicadezas que a circundavam.
Ouvia o sonoro canto dos pássaros na copa da árvore como se fosse uma sinfonia a emoldurar tão garboso momento.
Tinha doçura de menina e suas mãos, a maciez das pétalas aveludadas que tocavam. Seu perfume era de jasmim. Seu sonho juvenil era flóreo e odor agradabilíssimo como uma camélia rubra.
Desabrochou para ser predadora de flores.