Um final de semana na roça é pura energia, abastecimento do espírito, contemplação da natureza, enriquecimento da alma.
O tacho de doce de laranja da terra no fogão à lenha está posto.
O bobó de camarão e o arroz de polvo feito em sua hospedagem atinge o olfato da família toda.
O quarto preparado para ela, com cama composta de almofadas com mensagens.
O verde exuberante por toda parte se exibe majestoso.
O azul espantando várias nuvens, transformando o firmamento num manto celeste espetacular
Na mata ao redor, os ipês amarelos embelezam todo espaço ao entorno.
Flores do campo perfumando o ambiente, discretamente, sem ofuscar o brilho uma da outra.
O Maracujá subindo pela ramada afora nos fundos do quintal.
Mamão verde no pé, cana-de-açúcar pronta para adoçar o café, limão, lima da Pérsia já madura, abacate e até melancia, horta em estado de espera da florescência.
Montanhas servindo de pasto ao gado, degustando feliz.
O arame farpado contornando e delimitando o espaço de cada habitante do pedaço.
A lua se exibe vaidosa, chamando a atenção de todos os contemplativos dos habitantes e visitantes.
O condomínio vai sendo construído à base da família reunida.
As porteiras vão sendo abertas antes de prosseguirmos a viagem de volta.
Há amor, riso em cada coração ali presente por afinidade e laços familiares.
Na estrada, a saudade lateja forte, bem nutrida.
Os olhos lacrimejam.
Só algo a entristeceu: um olhar ao léu, parecendo se despedir dos vários postais naturais do lugar.