Era uma pessoa que costumava lagartear. Sempre que podia safar-se, escapulia das responsabilidades, sejam em que níveis fossem.
Assemelhava-se a uma miniatura de cobra. Em princípio, era inofensiva, mas, quem era mais intimo sabia que fugia de se responsabilizar de seus erros no alvo ou das suas omissões.
Não são assim os que se intitulam perfeitos como se fossem deuses?
Lagartear, disfarçar que se tem paciência e, na realidade, estar tal e qual ao lagarto em zigue-zague, dando voltas em ideias pessoais, não vendo outras pessoas ao redor e no sofrimento que se causa por só querer se evadir, de procurar um lugar ao sol, como também fazem os jacarés.
Urge evitar lagartear.
Salvar-se da preguiça demasiada que ronda certos seres humanos.