O Floreio da Esperança

 

(foto pessoal _ Guarapari ES)

Era uma moça prendada, vivia aplicada e não perdia o foco dos estudos. Não tinha momentos de ócio a não ser o criativo. 

Caprichava nos seus trabalhos, nos cursos que fazia. Tinha por meta o desenvolvimento das suas oportunidades que lhe advinham.

Mais tarde, na idade mais adulta, caprichava no cuidado do seu lar. Como trabalhava muito, ficava se organizando nas madrugadas, cuidava das suas samambaias imensas penduradas em ganchos ornando sua sala com todo esmero. Gostava de ter um lugar bonito ainda que fosse simples, com higiene e beleza para o bem-estar de seus filhos.

Na maturidade, o tempo dela era para se dedicar aos seus livros, leituras bem escolhidas eram seu enlevo.

Agora,  tinha todo tempo do mundo, assim que o floreio era seu lazer,  não concebia o descaso com quem lhe dava atenção. 

Percebera a tempo que deveria se dedicar à evolução bem diferente do que o mundo dava às  coisas de um modo em geral. 

O artifício mundano não lhe interessava definitivamente. 

Pessoas que são cheias de evolução por fora e fúteis por dentro não lhe diziam nada. 

Não tinha o brilho, o viço  e o perfume de um floreado meticuloso e salutar: o cultivo da Esperança de dias melhores em seu coração. A elegância no trato com os semelhantes era o seu melhor foco de floreio.