domingo, 2 de novembro de 2025

Cinderela Noite e Dia


(foto pessoal Isla de la Canela Espanha)


Uma mulher lutava por causas perdidas, desconhecia a palavra recompensa em seus atos. Caminhava entre dúvidas internas ou externas, Sorria e chorava, contraproducente nas alegrias e tristezas. Cancelava sonhos em prol dos mais amados.  Acreditava e esperava além das aparências. 

Era forte e fraca, dependendo das circunstâncias. Caía em poços, afundava-se na lama. Emergia pela Bondade Divina! 

Perdia-se em palavras, nem todas inúteis. Era frágil, falante, fugaz. Distribuía, com amor, emoções. Pena que se perdiam, na maioria das vezes, pelos demais.  Dava tudo de si, distribuía sorrisos, sentimentos. Nunca se sentia desmoronada totalmente. Tinha Deus a lhe embalar e a lhe soerguer, lhe integrando como se fosse única, inteira, uma muralha intransponível para mentiras, para desamor, para o não querer. 

Perdoava porque amava, Deus a fez assim por sua herança paterna. Tentava se recuperar do que não parecia recuperável. Entendia porque amava mesmo sabendo que ninguém se preocupa em compreender, o que se assemelha a um mistério sem fim. Agradecia, fazia-se mister! 

Emprestava, doava, ia além das medidas padronizadas, até mesmo ao amor do mundo, que é tão finito. Chorava por amor, por ser amada, por não ser. Esperava um recomeço pois todos, se não vamos por amor, vamos pela dor um dia ou outro. 

Apesar de: dissabores, desilusões, traições, decepções, conquistava e era conquistada. Vivia, ardentemente,  como mulher, vivia intensamente todas fases como a lua. Nunca esquecia o quê e a quem amava. 

Sua missão é cicatrizar feridas enquanto as suas iam sangrando dentro do seu peito. Ninguém se empenhava em vê-las. Era bálsamo por palavras, ao menos. 

Tinha muito de princesa, dizem que era especial, mas, para ela, era apenas mulher/menina, era flor e orvalho. Chorava calada, sorria outro tanto num misto dentro e fora de dela.  Tropeçava, caía, voltava, andava. 

Não era mulher maravilha, mas Cinderela noite e dia.





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