(foto pessoal)
Sentia-se um saltimbanco, dando murro em ponta de faca, fazendo tudo para alegrar as pessoas, nem um sorriso leve e descontraído conseguia arrancar delas.
Ficava horas em frente ao espelho perguntando a si mesma se o mundo andava tão amargo, a ponto de não conseguir dormir .
No dia seguinte, tentava de novo dar um carinho especial, um amoroso afago e nada, novamente.
Os dias se passavam como água na fonte e ela se entristecia do seu intuito não ser alcançado.
Resolveu arriscar num autoconhecimento detalhado. Depois de um certo tempo, descobriu que não era seu sorriso que estava roto, não era sua dedicação que estava sem graça.
A razão de não conseguir alegrar aos que amava era o coração duro de quem recebia seus gestos, sem delicadeza de alma suficiente.
Por uma falsa aparência, quase que se desiludiu com a vida. Foi por um triz que creu ser só ela que não conseguia fazer os olhinhos dos semelhantes brilharem.
Por um lapso de momento, ia desistir de tudo quando descobriu a mentira dos que com ela conviviam.
Por uma fase, creu que a vida não valesse a pena por causa da insensibilidade alheia.
Doravante não iria deixar de sorrir, assim que as lágrimas dos seus olhos parassem de jorrar como cachoeira.
Afinal, quem nasceu para perdedora nunca perde seu sorriso de alma.
Nunca mais acreditaria em quem tentasse minar sua alegria interior.

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