Gostava de caminhar pelas veredas do lugar onde morava, tanto pela manhã como pelo entardecer.
Era um momento só dela onde podia esvaziar seu coração de vários tormentos que a afligiam.
A estrada era longa, mas sua vontade de peregrinar era enorme.
Precisava de se encher de belezas naturais, pela manhãzinha, do caminho mais concorrido pelos atletas de várias modalidades de esporte; já à tardinha, o pôr-do-sol era seu momento mágico e fazia trazer para a casa a ternura que de ninguém receberia. Inigualável momento.
Quando, ao término do percurso tanto matutino como vespertino, dava-se conta da volta e sabia que era ainda pouco, mas a pista terminava.
Gostava do Verão, o dia escurecia mais tarde e podia saborear tudo sem nenhuma preocupação com a hora.
Não era adepta de perigos de nenhum tipo, mesmo confiando em Deus. Antecipava-se ao esvaziamento das ruas de pessoas e da escuridão propícia aos perigos noturnos.
A beleza sadia da sua caminhada tinha primazia às situações embaraçosas.
A natureza lhe proporcionava prazeres inenarráveis.
Era o que lhe sustentava e ao seu lado ambientalista de ser em conformidade com a Criação Divina.
Voltava de alma abastecida e cheia das Delicadezas do Supremo que nunca faltam aos que têm olhos para contemplar.

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