(foto pessoal)
Era uma pequenina meiga e se encantava com a criação divina desde miudinha.
Cotidianamente, após a alvorada, saía da sua casinha campal a caminhar acompanhada de seu cachorro guardião.
Permanecia, a cadela, em sua casa protegendo os filhotes recém-nascidos.
Pelas veredas, contemplava o verde coberto de orvalho do céu.
As flores gotejavam delicadezas pelos jardins que exalavam um tênue aroma campestre.
A saída era reflexiva, terapêutica e a delicada menina tanto se sentia protegida pelo seu amigo fiel como sabia que ele a queria muito bem e, por isso, cuidava dela diariamente.
Ambos se beneficiavam de tal percurso matutino, oxigenavam o corpo e a menina também sublimava sua alma.
Quer alguma coisa mais garbosa e profunda do que entregar-se de coração ao que mais lhe dava prazer com seu melhor amigo lado a lado?
Sentia ser importante para ele que, por sua vez, desfrutava do melhor da vida que é estar rente, cheia de afinidades e sintonias, com quem se ama.
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