(foto pessoal - O Frade e a Freira - Cachoeiro de Itapemirim - ES)
Por delírios de amor, desafios esfuziantes, deu seu tudo com fervores delirantes.
Em meio aos céus azuis e chuvas finas, ultrapassou tropeços desafiantes, cruzou o mar, passou por cercas, muros altos, adversidades tenebrosas.
Abandonou qualquer segurança, deixou para trás suas sandálias, as mais lindas e vermelhas.
De pés no chão esteve ela, foram anos decorridos.
Intensos a sentir e viver um amor por ela, deu-lhe seu coração inteirinho, com todo seu inaugural carinho, valia a pena todo desafio, toda fragilidade que sentia, na mais terna alegria.
Hoje, sozinha, continua descalça, sem chão, vazada no coração.
Seu amor ainda é todo dele, segue amando-o com intensidade, mesmo sangrando.
Se valeu a pena?
Se soubesse o mundo cruel, como se amaram, tudo enfrentaram, o poderoso sabe, cuida, ele é fiel.
Está do lado de cá, na outra margem da cerca, do muro intransponível, da divisão entre nós na Terra. Um dia o alcançará de novo, o Céu nunca é tão alto, já galgou, por ele, alturas, Atualmente, a vivencia nas horas dos dias, no silêncio do seu coração.
O amor é transponível e viável a todo e qualquer obstáculo, entre eles havia força própria, autonomia, alegria, magia, a dois tudo era linda sintonia.
Um grande amor é estímulo, incita coragem, afervora a quem o coração venera.
Nenhum comentário:
Postar um comentário