O que esconde a noite? Camufla o silêncio da alma, do corpo, do coração. Ruídos espalhados pelo ar fazem ouvir a voz das vagas do mar.
Ouve-se pessoas gargalharem ao longe, frêmitos loucos, impiedoso espivitamento, ruídos vários pelo ar notívago.
Como se fosse um subterfúgio do espelhar humano, malogrado em alvoroços ao redor de si mesmo.
Sem profundidade, a profusão do fecundo se extingue, a malquerença envolve a humanidade em profundidade, descabidamente.
Parece ser proveniente do remanso dos sentimentos nobres, da incapacidade de se fazer silêncio interior.
No mutismo noturno, a ternura pode circundar e descontaminar das descabeladas urgências das sociedades efêmeras exigindo coisas passageiras.
Pode-se eximir do caduco se alastrar, pois a noite deve ser mágica.
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