Nos tufos pelos prados, a campesina vivia seus momentos exalando amor pelo verde, num êxtase de deslumbramento do seu ser reverente, pleno de doçuras e cânticos de louvor.
Havia tido uma ruína há uns anos e resolveu cultivar a terra, coabitar no interior, numa roça agradável, de povoado mínimo.
Em certa ocasião, sentira a experiência de que todo jardim nascia de um sonho de amor não concretizado.
Elegeu as rústicas às vestes urbanas, a juta era seu linho de suprema estirpe.
Dialogava com as mimosas, vibrava com o nascimento de cada botão inaugural, na meticulosa plantação.
Havia um canteiro formoso de amor-perfeito, tratava tudo com desvelo, era de encantar a quem passeava pelo cativante e calmo recanto florido.
Sabia que o amor imenso que tinha em seu coração se comparava à flor. Se não cultivasse, regasse e tratasse com carinho, certamente pereceria.
Comparava as flores à presença da esperança vivaz, conforme o nobre sentimento, ambos incendiavam seu espírito.
Um vergel bem tratado exala pacificação e harmonia, é afetividade disposta.
Esforçava-se, ao máximo, na plantação, tinha a ciência de que necessitava de ânimo e generosidade, estava alinhada a dar certo, assim como se comportou na brandura que vivera anteriormente a se tornar uma jardineira.
Considerava as flores como supremacia a ela, como se recebesse delas uma força gravitacional bem como ocorre na afetividade entre os seres humanos, gerando uma relação recíproca afetuosa e intensa.
Tinha consciência da estreita relação da flor e o maior afeto.
Quando os turistas da região conhecessem sua floricultura, vivenciariam, ao doarem um mimo perfumado à afetividade do seu coração, seria um sol no dia nebuloso de alguém.
Seu canteiro seria a prolongação do seu afeto sincero dispensado agora a outros seres de odor agradável e não a uma pessoa em particular.
Viveu eternamente cheirosa até seus últimos dias cá
na Terra.
Aprendeu os dois envolvimentos de leniência que exalaria doravante o antes e a atualidade.
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